terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nas asas de meu sonho

Sonho


Céu que te és azul.
Emprestaste-me teu espaço
para que nele eu transladasse.
Esse que vejo, não o mais alto
porque mais alto ainda fui.
Deixaste-me pisar às nuvens
um fofo tapete.
Porém...minha natureza é
dos que que não possuem asas.
E delas, fazemos uso artificial.
Um grande corpo faz estende-se meus braços.
Sou ainda o menino a correr com os braços abertos
palmas para baixo e dedos unidos.
Mãos anguladas para cima,
corpo ligeiramente flexionado à frente
corro. Verbalizo um agudo aéreo...
eram esses 'meus motores'.
O 'céus', zumbistes meus ouvidos
e me deixou conhecer sensações
que exibe a fragilidade
e o engessamento da matéria
que nos constitui.




Agora meus braços ganharam o brilho de ligas metálicas.
"Faço" os algodões virarem fumaça.
Meu corpo agora acompanha minha mente.
Ele descerá e continuará fazendo uso de suas pernas.
Mas minha alma e mente continuaram voando.
Voando para onde o Céu me levar.

Assim foi o dia em que pela primeira vez meu corpo xegou onde a minha mente sempre esteve.
JLM

terça-feira, 30 de novembro de 2010

CAVALGADA

alegria incontida. segunda postagem e tão pouco dito pela infinitude que sinto.
te amo.
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SEM ME CONTER

Amar é não é estado
é emoção.
Sabes que não estou apaixonado,
porque sou apaixonado.
Amor solitário
é como cavalo sem montaria.
Segue o nosso
sem vaguear, veloz e não descontrolado.
Divides as redeas, e
o fazes sem comigo medires força.
Se olho para a garupa, vejo-te em largo sorriso
nunca antes visto, em nenhum outro rosto, todos enrrigecidos.
Ao meu lado, teu fechar de olhos, confiante chamam meu rosto
a enconstar ao teu pelo labios.
A minha frente, olhas para traz, e o frenético e irregular movimento,
de teus longos e belos cabelos dourados,
provocado pelo galopar,
decoram teus olhos verdes.
Teus carnudos lábiios, ainda que calados,
parecem pedir, num sussurrar a alma,
para que deixe a minha, a sua tocar.
JLM

Diário de Bordo

Eu até poderia começar como nas aventuras de Star Trek: 'Data estelar...'

Não é Cabo Canaveral...mas a contagem regressiva já começou. Desta vez ( antes em T-Menos) eu estou fechando o ziper da mala.

Não tenha sido frequente nas postagens, mas tenho caminhado pelos blogs, por vezes, inabituavelmente, não comentado. O tempo me toma...por mais que não ceda a ele. E não cedo... pensa 'ele' que me toma. Escapulo... e vou fundo em colocar o rosto para fora da janela e sentir o vento a chicotear-me a face...
A liberdade tem gosto... e é delicioso.
Nâo postar não significa que não tenho sentido... tão pouco que não tenho visto.
Ao contrário. Tenho visto e sentido muito. Difícil tem sido transferir as emoções para essa 'unidade' bidimensional, em tempo... pois, a renovação tem sido intensa, ainda que não acelerada. Durante um 'hoje'... estão lá, meus neurônios e suas sinapses em ritmo das autoestradas européias, no outro dia... um novo 'tópico' se põem no lugar do ontém... e assim tem sido.

A pretenção é passar minhas vivências sentidas...vistas... a provocar a cada um também estar atento ao que nos permeia, e não um diário público aventuresco. Por que não quebrarmos alguma regra hoje...ou amanhã... interromper a rotina, ao menos uma vez e observar... parar para perceber (assim como fez Trumman, no filme de Jim Carey)?

Sabem, os que me conhecem o quanto tomo com valor cada 'oi', 'olá', 'tchau'...

Eu que sempre fui da Terra, pois Deus não me concedeu asas, e que sempre fui apaixonado pelo ar... por aviões e pelo céu e espaço infinito, sempre firmei minhas viagens a queimar o asfalto. Minha ultima, consumi 6000 km ao volante. Maravilha. E sonho repetir outras tantas como essa. Aliás, contexto em que ainda me faz salutar a necessidade de um automovel.

Por motivos justos, e maravilhosos, vou enfim suplantar as nuvens. Meus braços enfim teram motores em sua envergadura e serei um passaro por um determinado momento.
Concretamente irei voar...mas esse é um voo que nunca deixou de existir em mim. Nunca deixei-me limitar-me pela condição terrena e permiti que meus sonhos e desejos tivessem a liberdade e autonomia de um ser alado e romper limites... alias... não se firmar em limites.
O amor vive assim em mim... Livre. Desistigmatizado. Desaculturado. Não no sentido erudito, mas no sentido de normas e convenções sociais. Quem somos nós distituídos de nossa cultura? Falar de pessoa e cultura não é tão simples e breve.
Estou a ler um livro sobre o Kasper Hauser, aquele rapaz que foi criado isolado até os 18 anos. O autor traz a questão da linguagem e da cultura que nos é 'imposta' ou 'exposta' e sua influência na constituição de nossas percepções.
Fugir ao comum, ao obvio, ao dito limite, é ampliar possibilidades inimaginaveis e posicionar-se aberto a experiencias por vezes não previstas.
Seria pouco provável que eu estivesse com um bilhete para embarque para daqui a 2 dias se eu aceitasse a 'normalidade', o obvio, o puro racional.
Estou com o gancho do ziper a mão, hipoventilando, pulsação acelerada... com outros sonhos na bagagem mental... e sem preocupação nenhuma em concretizações utópicas, porque viver ao que o hoje provém é maravilhoso. A imprevisibilidade é fato, afirmado por Sartre como uma das 2 caracteristicas humanas imutaveis. Planos são direcionamentos, não determinantes. Sigo, aberto, disposto, a vida. Ela me tem sido a mais maravilhosa companheira e guia. Juntos temos desbravados planices sem fins, passado por desertos áridos, caatingas, sertões...mas, sem a menos sombra de dúvida, o encontro com os campos verdejantes, a paz do vento sacudindo a relva, o frescor da agua, fortalece e motiva diante de qualquer circunstancia.

Eu que nunca tive asas, que voei por tantas folhas e telas em branco, depositando e embaralhando cores nelas, serei lançado, não para o ponto mais alto, mas para o ponto que para mim é possível porque minha alma sempre foi alada.

Voe.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

HISTORIA DE AMOR - II

Se minha história de amor fosse roteirizada, com certeza teria uma musica dos The Beatles na trilha (ao menos uma).
Para não emendar demais com o post abaixo, deixo a letra, com a tradução e um link, caso queiram escutar.
(poderia, como o fiz, enviar a 'você' via email, mas, é por demais de bom manifestar publicamente o amor que sinto por ti)
beijo a todos.
Especia a você...amor. A ti, a música:


Here, There And Everywhere
(Lennon / mccartney)
Aqui, aí e em todo lugar


To lead a better life, I need a love of my own
Para ter uma vida melhor, Eu preciso que meu amor esteja


Here,
aqui

Making each day of the year
Aqui, fazendo cada dia do ano

Changing my life with a wave of her hand
Mudando minha vida com um aceno de mão

Nobody can deny that there's something there
Ninguém pode negar que existe alguma coisa ali


I want her everywhere
Eu a quero em todo lugar

And if she's beside me I know I need never care
E se ela está ao meu lado, eu sei, nunca preciso me preocupar

But to love her is to meet her everywhere,
Por que amá-la é precisar dela, Em todo lugar

Knowing that love is to share,
sabendo que amar é dividir

Each one believing that love never dies
Nós dois acreditando que o amor nunca morre

Watching her eyes and hoping I'm always there
Olhando em seus olhos e desejando estar sempre aí

I will be here, there and everywhere

Eu estarei aqui, aí e em todo lugar

Here, there and everywhere
Aqui, aí e em todo lugar

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

HISTÓRIA DE AMOR


ESPETÁCULO

Uma peça de teatro...daria para ser roteirizada minha história de amor.
Não creio no ineditismo...mas orgulho-me da forma impar que se sucedeu.
Orgulho-me mais ainda de fazer o par principal dessa história e ter a melhor partner que um homem pode desejar.
(ah, o amor...sempre dizem isso no começo...em que tudo são flores...)
Sim, talvez, nós, amantes e apaixonados, afortunados e eloquentes proliferadores do amor sejamos assim para alguns: instantâneos e imediatistas. Mas é sim o amor um 'aqui agora' (ainda que o 'meu "aqui" esteja agora não perto daqui), mas é também construção, afeição, afinidade (até na falta dessas), é como princípio de tudo ter o mesmo olhar, quase um reflexo, de que o outro é uma pessoa...que é um ser... que não é estanque... que move-se interna e externamente constantemente, até nas infimas particulas que não podemos perceber.
Sim, o 'meu' Amor querido já não é hoje a mesma que era ontèm...assim como eu. Uma camera a registrar todos os dias uma imagem no mesmo lugar, como a um fotograma de um filme e ao final ser passado em velocidade normal teriamos a noção exata de como é essa nossa passagem mutante.

(1seg=24imagens/fotogramas. 60seg=1min [60x24= 1440]. 1h = 60min [60x1440=86400].
1 ano = 360 dias [360 imagens]. 60 anos = 21600].
21600(60anos) / 1440(1 minuto) = 15 minutos.

tradução da matemática: se tirassemos uma foto de nosso rosto no mesmo lugar e no mesmo enquadre, desde o dia do nascimento, por 60 anos (uma foto só ao dia), teriamos um filme de 15 minutos a mostrar nosso envelhecimento.




O palco da minha história são as ruas por onde meus pés agora flutuam.



Uma janela para a alma.



Por essas ruas transito e transmuto para um mundo tão somente nosso em que transeuntes dispersam-se como fumaça ao vento. Uma janela por onde meu coração fala, sente, ri, chora, grita, estendem-se, debruça, teme. Uma janela que enquadra o abstratismo do meu sentimento. Uma janela que não pode ser vista...eventualmente tentada ser admirada, mas uma janela que pertence a apenas duas pessoas, na impermeabilidade do vidro na invisibilidade desse.

Ruas...sim ruas...sempre desertas. Verde que te és verde...azul que te és azul.

os pequenos pés que dobro meus joelhos.

As pessoas são únicas. Indivíduos.
Já o amor, não é único. Nâo há um unico amor em uma existência. Assim como não há uma única forma de amar (no sentido de energia-objeto). Amamos pais, filhos, irmãos, tios, avós, bichinhos, coisas... e um 'outro' que surge rampante no horizonte e toma-nos selvagemente.
No entanto, se estivermos completos, inteiros, saberemos distinguir quando um amor nasce de forma verdadeira, autonoma, sem projeções, atribuições, sombras...

Não se força o amor...pois sua resistencia a força tem a potencia de uma fina folha de papel absorvente molhado. Nâo somos nós a agir sobre o amor, mas ele a agir sobre nós. E não...o amor não tira a razão, pois ele tem em si, razão. O erro é coloca-lo como unica razão e interpela-lo como único, absoluto, de vida unica, que se findar não haverá outro.

A esses alicia-se o receio da perda, e o medo afasta qualquer possibilidade de viver de forma plena o que somente pode ser vivido sem 'correias', sem comando austéro, sem determinação militar e ditadora, sem dogmas, sem convenções que estrapolam nossa necessidade ou maneira de ser. O amor é um produto da relação humana, que difere de acasalamentos de mundo animal (não sou um biologo e falo aqui por minha opnião). Somos seres pensantes, unicos capazes de estabelecer linguagem e desenvolver capacidade de abstração, produzir pensamentos para além da memória imediata, em que ficam os primatas (por isso primatas, não?).

Nosso amor não pode ser banalizado ao instinto selvagem e desaculturado e tão pouco pode ser aculturalizado. O amor é produto de duas pessoas para sua relação direta com ação majoritária da intimidade e cabendo somente a essas partes suas articulações para aquilo que lhe és bem. Não há como normatizar o amor... porque nem pessoas podem ser normatizadas...

...sigo para o segundo Ato. Peça intinerante. Seguirei em voo carnal pelo voo imaginário que minha mente rotineiramente faz em direção a ela.

Pensam que temos monologos... mas nossas trocas são maravilhosas e intensas. Transformamos kilometros em meras quimeras...puverizamos a terra que nos separa...e sopramo-a ao vento, espalhando a essencia de nosso corpo transpirado.

Mais do que juntos... unidos. Uma união dificil de ser entendida, porque também não é fácil de ser vivida, mas fazemo-lo-a. É possível. Que encontremos forças para continuar seguindo...e onde mais encotramos é um no outro.

Hoje a vida não me parece frágil pelo risco que diariamente enfrentamos. Hoje a vida me parece fragil pelo risco de perde-la. A vida me parece frágil porque não posso proteger-te como em uma campâno-la, redoma... Viveremos com esse risco, que um dia chegará para um de nós primeiramente.

Mas nesse dia, depois de muitos Atos... sei que a vida que vivi não foi encenada.
Terei vivido uma realidade imaginada, como para muitos, mas com o diferencial de ser, por nós dois, acreditada. Na loucura de que não há loucura, mas a vontade de ser e estar feliz com o outro, porque ele existe, ainda que eu não o esteja vendo e sentindo.

Minha alma lhe toca mais do que qualquer outra parte de mim poderia ou poderá fazê-lo.
JLM

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

INFORMATIVO

Divindo os ambientes

Com o intuito de não disvirtuar da proposta do blog foi criado um novo espaço para de assuntos de indignação e opnião, de forma a não inferir em propósitos de outra natureza.

O blog vendo e sentindo surgiu da ideia de chamar a atenção para a natureza que nos cerca, seja ela urbana ou não, e ficaria entristecido se minhas opniões pessoais de assuntos outros viessem a interferir na relação deste espaço com os seguidores e amigos.

Para quem gosta de por a boca no tronbone, fica aqui o endereço:

http://espassokritico.blogspot.com

Por aqui, quero continuar a falar sobre sentimento e sentidos, que não devem 'hibernar' ou 'adormecer', mas sim continuar a explorar as maravilhosas coisas que nos cercam e que passamos desapercebidos ante a pressa para alcançar o que muitas vezes deixa de se ter em mente 'o que'.
um abraço carinhoso e beijos
Julio Cesar

PS:esperava aproveitar o feriado e convidadar a todos para sentar a varanda...tomar um pretinho quentinho...no ponto, com pão de queijo, bolo de fuba...(sim, a simplicidade é meu forte)
e prosear muuuuito com vocês. Puxa! Vocês, amigas(os) não sabem o quanto estou mesmo sentindo a falta de passar por aqui e publicar sobre meu 'esperito' e o que esse momento da minha vida tem propiciado a viver. A intensidade na universidade não tem sido, não por isso, um transtorno. Tem somado. Elementos do dia a dia, variáveis aquem de nosso controle a permeiar-nos culminam por nem sempre permitir que o que de fato desejamos seja do jeito que queremos. Há 5 dias estou em estado gripal e sofrendo com sintomas. Sempre fiz uso de um medicamento que tem como base, entre outros, do paracetamol, que recentemente recebi email informando do risco do uso de tal medicamento e de sua consequencia ao longo do tempo, em especial para o figado. Tal componente é proibido em alguns paises, como EUA. Em sendo assim, cá estou, na base do mel, limão, banho quente, canja e cama....muita cama. Hoje (somente hoje) fui premiado pelo uso de um Notebook...que possibilitou-me estar nessas linhas. Do contrário, indisposição geral para sentar a um desktop...'sorry, friends'.
Os mais queridos acompanharam minha romantica (e maravilhosa) história de amor, aqui pelo blog e quantas postagens se perderam pelos meus neurônios em todos esses dias que daqui estive 'separado'. Talvez algumas ainda ainda possam ser compartilhadas...talvez outras já não façam mais sentido... há algumas coisas que julgam importante ser firmada, como por exemplo até que ponto esse espaço possibilitou 'nosso encontro' e de que forma de fato tudo sucedeu-se.
Mais do que isso, de que forma, para que...de alguma forma, possa essa experiencia ser util para transformações pessoais.
Mais do que a possibilidade de qualquer espaço, o que valeu mesmo foi a possibilidade que demos, eu e ela, a nós mesmos. Conceder a possibilidade de viver, livre de engessamentos quaisquer, ao invés de viver a balizar utilizar consituições sociais para justificar o não empenho...
A felicidade as vezes pode estar no verso (ou embaixo) de uma folha amassada na sargeta onde estás parado para atravessar a rua.
'Quase' por coinscidencia, fui assistir ao filme 'Como Esquecer', nacional, com Ana Paula Arosio e Murilo Rosa. Ter ido no cinema neste dia, um domingo, na ultima semana da 34 mostra internacional, foi um algo impar...que cabe uma postagem. Mas, do filme, fica exatamente isso, que cabe a nós sairmos da toca que está nos sufocando, porque o ar livre que há para respirar é muito mais puro do que imaginamos que possa ser.
Uma boa semana a todos.
Saudaaaaadeeesss...demais de todos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Feliz e não distante


Amiiiiiiigos (com muito i´s...e muitos 'o's')....saudades daqui e de voces, ainda que nem saibam mas andei passando pelas paginas de alguns queridos(as).
Estou bem...sim..muito bem...(e bem sem tempo também...rs).

Todos os recados que voces deixaram nos comentarios bem como email´s que recebi foram hiper especiais e só me contemplou mais ainda a felicidade que já estou vivendo.

Muitas postagens fluiram na minha mente por esses dias que não escrevi por aqui...e que não o farei hoje, mas pretendo ir pondo a 'casa em dia' na medida do possível.

A gente se acostuma neste habitat, e aqueles que me conhecem sabem como sou intenso e integrado com esse habitat e detesto vê-lo banalizado. Desde que entrei para o blog construi amizades verdadeiras, ainda que a maioria a distância e conheci pessoas na mesma condição e que chegaram a encontrar, não apenas um, mas, outros tantos amigos que por aqui conheceram.

Apesar de alguns contratempos, que pensei que nunca seria acometido, como a agressão física ao meu filho mais novo, tudo voltou a correr em bom rítimo.

Anseio por postar aquilo que fez nascer esse espaço: olhar e sentimento.
O que posso garantir a voces é que sentidos e energia fundamentais para o bem estar e desenvolvimento em todas as ordens.

Fiquem maravilhosamente com Deus e continuo por aqui sim...mais forte que nunca.
Beeeijoooss.
Julio

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Creio em Mim

Olá, desculpem a ausência destes dias. Ausente de postagens, mas creiam, não deixei de passar pelo espaço de vocês e ali regar meu êxtase. Quão maravilhoso e indescritível foram esses dias ausentes, claro, não por estar daqui afastado, mas pelo que foi agregado. Ainda 'degusto' cada instante... nem sei como descrever o que está ao meu alcance... Sinto-me em um estado de felicidade, e satisfeito por assim ser sem uso de nenhum narcótico, por minha estrutura mental ser capaz de pincelar um background purpura, com cintilares, espectros coloridos em todas as matizes, florais, revezando a um céu azul límpido em tom quase prússia porém iluminado e claro, fazendo aludir a um dourado disseminado pelo campo verde ou outrora relva ao vento que me lambe... ah, sim, não preciso de narcóticos... dou conta da realidade a separá-la perfeitamente do que é de meu imaginário sem tão pouco não me entregar a esse. Assim vou amando, apaixonado, deslumbrado e derretido. Sim, ainda degusto e não identifico como... como posso falar do que sinto! Inédito me ver em tal circunstância... com meus 5 sentidos ainda a serem bombardeados, confundindo todas as minhas defesas, incapacitando-me de relatar o que sinto... o que vivo.

Que Deus me ajude... e parece que assim faz, permitindo-me encontrar um texto tão capaz de fazer-me entender, de minha 'loucura', de minha determinação em romper com qualquer convenção, não por rebeldia, por 'anorexia social', mas por buscar a liberdade de ser e existir para um além de nossa dimensão mensurável. Pois disse Hegel que um homem encontra sua liberdade ao reconhecer suas reais necessidades.

Segue o texto de Lennon, que encontrei no blog da Zélia: http://cantinhoespec.blogspot.com/
ao que eu recomendo.

Fiquem com John... e talvez me entendam... beijos a todas, abraço a todos.
Julio


Fizeram a gente acreditar...
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
John Lennon

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

T menos...

CONTAGEM REGRESSIVA



Contagem Regressiva: T-algumas horas e contando....
Há momentos em que a vulgarmente falando, sabe-se lá o que se passa na cabeça de um ser humano.
Cabeça essa que é provida de uma mente, a que fisiologicamente passamos a compreender como cérebro...aquela parte organizadora e controladora (acha que é...hunf!) de tudo que nos compreende.
Cérebro...parte integrante do nosso sistema nervoso central... de forma mais complexa, chamado de Telencefalo.
Pois esse mesmo... fico pensando (engraçado que a indagação ocorre no mesmo espaço que a origina...) o que se passa com os neurônios... a transmissão quimica e elétrica de informação pelo emaranhado de axônios...de fazer inveja aos engenheiros de transito de qualquer metrôpole.

Ah...uma coisa eu garanto... os meus estão voando com a habilidade de um Ayrton Senna.
Tudo porque aproxima-se o momento em que irei encontrar algo externo a mim e que se tornou tão interno como qualquer outra parte que me constitui.
Como pode?
Perguntas como essa fascinam-me...e aí fica claro que não é por acaso que curso e estudo psicologia. Não... não errei minha ficha de inscrição para vestibular... essa foi uma decisão consciente... e sem nenhuma inferencia aqui a psicanálise.

Ok... ante-vespera de um momento restritamente romantico...e eu aqui com vocabulario científico...foto de foguetes...

Pois é assim que sinto-me...a vespera de um lançamento rumo a um infinito...um universo... a desbravar em uma aventura que não porém insensata. Não...

São momentos emocionantes... em que um simples caminhar pela plataforma de lançamento deva ser registrado...sim...todos meus passos devem(riam) ser registrados à posteridade.
Nâo é sempre...não é qualquer dia... não é qualquer instante.
Claro...não é um amor qualquer... porque não é uma mulher qualquer.
Nessa viagem ao infinito universo que nos aguarda... destemidamente desejamos seguir juntos...ela, amiga, parceira, companheira, comandante, pilota..condutora, navegadora, possuidora também dos mapas de navegação para que juntos sigamos nessa jornada, se não certos do destino, certo do que buscamos.
Disse Neil Armstron ao pisar na lua "um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade".
Me ocorre agora, enquanto penso e escrevo essas linhas... e direi antes de prosseguir, um dos grandes adventos do nosso século foi o telefone celular... o meu: Motorola (o terceiro desta marca)...a mesma que esteve com o 'homem' na lua.
Esse pequeno passo que deu Neil... é a maior distância que nos separa. A uns click´s 'chego até você... e foi com um Click que Ela chegou a eu. Amanhã... Ela dará um passo.... eu idem.



Amanhã... lançaremo-nos a um universo que por nós é esperado e desejado, imaginado, e não idealizado. Amanhã nosso foguete se lançará a um espaço que em nada tem de escuro. É tal qual permeado de estrelas...negulosas...sistemas e galaxias.
Amanhã nos posicionaremos na capsula...juntos... a capsula do amor.
Assim digo-te, meu Amor:
Amanhã quero sentar-me ao teu lado
Em tuas mãos segurar
Solicitar bençãos
Sorrir
Dar-te um olhar de confiança
para a certeza de seguir em frente
na nossa jornada.
Nossa.
Com todas as marcas
que fizemos em nossos mapas.
Prontos para o imprevisto
certos e incertos...
mas com uma dose muito extra
de sentimento de preparo
para solucionar qualquer problema que
se apresente ante nosso caminho.
Não há muito espaço em nosso foguete...mas...
amor, levamos além do 'equipamento'
o essencial para nossa sobrevivencia
para esse horizonte desconhecido que iremos navegar.
Agora, meu amor, segure-se. Firme o cinto e não tema.
O primeiro trecho da subida é turbulento... mas quando
nos desprendermos da atmosfera a viagem seguirá suave.
Nâo se incomode se o mundo nos observa...pois para onde vamos
observaremos o mundo.
Estou feliz...
Não! Imensamente feliz. Não há outra pessoa que poderia ocupar
esse lugar tão perfeitamente quanto você. Estou grato pela oportunidade
que me foi dada de ter-te ao meu lado.

Beijos
ETA-SP
JLM



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma AMIGA

Quem vive...Sente.



Hoje preciso. Não há como deixar de fazer. Ainda que não nunca a tenha visto frente a frente, ido as gargalhada ou ficado em espanto com o despojamento. Ter tido o prazer de um conflito de idéias e disso desevolvermo-nos juntos, sim, porque é de conflitos positivos que o crescimento vem. "Quiseram' que o meu contato fosse breve... e intermediado. Me via mais do que eu a ela. Talvez, e não tenho duvida disso, devia conhecer-me muito bem... afinal, com tanta exposição que me dou, sem receios, provia-lhe de 'material farto' para a analise. Sim, uma colega de profissão... e só por isso já é apaixonante. Uma paixão ao nível da amizade, para ser bem claro! Fica na imaginação, no sonho... que teria sido alegre a amizade, da melhor espécie. Jovem, se não fosse minha determinação em crer nas possibilidades humanas, diria ser uma pessoa fora de seu tempo, em que hoje, ao menos aqui nesta cidade que considero maravilhosa e que estão transformando em uma 'Mediocrópole' com a vida insana, desumana, distanciada que as pessoas adotam e promulgam e proliferam. Ah...sim... estava aí uma amizade que gostaria de continuar regando...e que continuarei, mas de uma forma que 'os seres comuns' não irão entender.
Vir a possuir aquele sentimento que agora me fariam cascatear lágrimas...porque, não é que ainda assim 'elas' surgem! Vanglorio-me de meu DNA italiano... quase como que naturalizando minha emoção...meu choro. Não quero ser piegas... é legitimo meu choro. Não...não...não o deturpem... pois são pratas por alguém que vale ouro. Ah...ah ah como eu queria, ao menos uma vez ter interagido, ter sorrido, provocado, contradito, brincado e eternizado um momento... mas obrigado a VOCE, por ter feito isso por nós (eu e ela), ter trazido ao meu conhecimento como ela me via, o que dizia, como falava e como nos via. Sim, eu sou louco e por isso ela continuará comigo, ali, silenciosa, como sempre esteve, mas tão ativa e presente, de forma quase incognita.
Por isso tenho que fazê-lo...e farei. Transcreverei aqui o texto, postado em 'Sentimentalidades Todas' em referencia a uma pessoa ímpar que teve tolhida de forma tão abrupta, e brutal como cortar um talo de roseira com um machado, o transcorrer de seus sonhos, desejos, anseios, buscas e compartilhamento. Assim, para falar dela, melhor de uma pessoa que não só a conheceu, mas com ela viveu.
Beijos a VOCÊ, e obrigado por não apenas existir, mas por em minha vida Viver.
JLM
Transcrição:


Carla/Mônica/Simone

Carla
Ela também era uma mulher dourada. Melhor, platinada.
Dessas que dita moda. A primeira a pintar as unhas de rosa chiclete e azul cobalto. A usar pulseiras de couro com cristais (que nos iludiamos serem swarovski). A única demente o suficiente para fazer das sombrancelhas uma tatuagem.
Falava porra e caralho, mas arrematava o dizer nos chamando de "chuchu" ou "flor". Era mesmo de aparentes contraditórios. Estranho pra você? Demonstração de carinho para nós. Talvez, reatividade seja o forte do nosso grupo. Ou estejamos num outro nível do "estar com".
Era de gêmeos. E como bom espécime desse grupo, seu sobrenome era inconstância e sedução. Ora dieta, ora chocolate. Ora religiosa, ora mundana. Todo tempo envolvente.
Avolumava uma sala, uma mesa. Todo o ambiente ao seu redor. Bolsas, sacolas, garrafa e vitaminas. Bobis de cabelo, corretivo e creme anti-rugas.
Não ia ao trabalho. Ia a uma festa. Fazia dos nossos encontros celebração. Se divertia. Nos divertia.
Se amava? Só amava. E trepava, como ela mesma gostava de dizer. E todas as variações de demonstração de afeto que podemos imaginar.

Ficou uma saudade. Um riso ecoando no abrigo e em nossas conversas e em nossos corações.
Mas ainda somos as mesmas pessoas que copartilhavam com ela as piadas mais safadas, as puladas de cerca mais escabrosas. O prazer de sentir prazer e não se envergonhar por isso.
Assim, é proibrido deixar de rir por essas bandas. E falar sonoros caralhos. E deixar de colocar o nosso Moco Oco na berlinda. E mostrar que mulher é péssima quando é boa, gostosa e muito bem humorada.

Poucos do meu mundo real sabem sobre meu blog. Deste espaço que é catártico para tantos sentimentos, que de intensos, evito contactá-los no cotidiano.
Ela sabia. Me lia. Me incentivava. Lesa, nunca aprendeu a comentar. E vibrava com as minhas juras de amor. Ansiava por meu retorno de SP. E antes que qualquer duvida me viesse a boca, ela dizia que o mais certo era ir e só depois neurotizar. Ah, nós os psicólogos e nossas formas bonitas de dizer: ligue o foda-se, meu bem!

Não sei se os bons morrem jovens. De certo, todos que amamos, bons ou não tão bons assim, morrem antes do que desejamos (se é que desejamos). Antes de nos despedirmos a contento. Antes de podermos perdir desculpas pela briga horrivel e palavras mal interpretadas.
Eu te odiei. E te matei dentro de mim mil vezes. Eu quis que você desaparecesse da face da minha terra.
Por bem, quase nada é do jeito que querermos. O tempo e você se encarregaram de me trazer pra perto novamente. E mais do que nunca, agradeço por não ter resistido a sua eterna sedução. Porque fomos felizes e cumplices como nunca antes. Porque acho que nos pedoamos em silêncio, com o novo.

Saber do seu sofrimento me consumiu por dias. Eu precisei do choro compulsivo. De te ver não tão bonita. De ver as flores te caindo sobre.
Ainda penso e rezo por você. Rezo pelo sucesso do Marcelo na tarefa de cuidar da "Mais Gostosa". Rezo também pelo André. E que sua obra na vida dele se fortifique.

Ainda consigo te escutar cantando, "minha irmã". E como cantavas mal.
Consigo te ouvir perguntando se eu sabia a estória daquela música derradeira. Eu não sabia, e de algma forma era a sua despedida também. Me faz muito sentido agora.

Porra, filha, valeu pela carona. Boa viagem. Qualquer coisa, me liga.
Vai com Deus!


Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!

Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
(escrito por Monica em Sentimentalidades Todas)


Eu julio, fecho com a mesma foto que abri...porque em verdade não há início...e tão pouco fim.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BOM FINAL DE SEMANA



'Baita' correria nesta sexta-feira. Vespera de feriado prolongado. Para eu, vespera de semana de provas, assim vou acompanhar o desfile de livros.

São Paulo está seca...poeira suspensa mesclada a poluição comum a cidade. Humidade do ar baixissima...e se houvesse elefantes nas ruas diria que estou na Índia. Na impaciencia que o calor causa, motoristas 'retornam' à suas condições primitivas e pré-humanas.

Nesse caótico deserto instaurado, a paz e o refresco me chega de você...

...amor.
Você, mais que meu Oasis, mais que meu refugio...
...Você, meu mundo.
JLM
BOM FIM DE SEMANA A TODOS
...e obrigado por acompanharem as 'viagens' desse mortal que deseja 'alar' a alma.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vestindo a Alma


tela:Andrei Prostsouk

Você habita um espaço de minha alma que possui um único espaço,
e você o veste perfeitamente.
Não há sobras e nem apertos.
Não é preciso ajustes.
Amar-te é maravilhoso...
...entre tantas coisas que lhe descrevo,
que são nosso segredos,
minha mente 'foge' em sua direção
e meu corpo atraca de minha alma
a mais forte emoção.

Nos fortes reflexos solares
vejo o bailar de seus cabelos dourados
mas que poderiam ser
também pretos, castanhos acajus, avermelhados.

O amor por ti,
me chegou antes de encontrar-te.
Tu, mulher,
por isso camaleoa.
Não te quero lisa ou em cachos.
Resumiria: simplestemente, te quero.

Repito incansável
nosso refrão.
Esperando de ti a resposta
que sabes que quando dizes
enche-me de tesão.

Com você o dia não termina.
O Sol se deita e acorda conosco.
Meu dia ilumina-se com seu olhar,
e o canto dos passaros ganham alegria
ao ouvir você falar.

ah...balbucio o nosso refrão...
... sigo em tua resposta
dizendo:
Eu te amo.

JLM

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Inauguração

Amanhã será comemorado o dia do psicólogo. Para tanto, foi-me sugerido essa data para a inauguração do Salão de Festas. No entanto, está aberto a todos que desejarem participar, com comentários (alusivo ou não a data). Uma homenagem será prestada a uma grande amiga, constituída aqui na rede e que além de completar primaveras neste mês, também superou um estágio pessoal (conforme divulgado em seu blog) estando de volta no nosso meio.

Parabens Regina ( http://toforatodentro.blogspot.com )

A participação se dará através de comentários que receberão tratamento especial. Para os que desejarem enviar fotos devem ser enviadas para meu email para publicação (podem ser de comemoração do dia do psico, ou mesmo soprando velinhas em algum canto do planeta).
participe desse projeto. veja detalhes no próprio blog.

Salão de Festas

abraço
Julio Cesar

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"...porquê não sou apenas uma data". M.



PERTENÇO


Houve um tempo em que o tempo apenas existia. Marcado em compasso determinado. Mensurado e indomável. Houve um tempo em que datas eram apenas dias. Dias que existiam em si. Dias em que viver se consistia. Um viver em consistência determinada. Naqueles dias, datas outras eu até vivia..., coadjuvante. Um momento determinado, não determinado pelo tempo, tudo mudou. Uma frase de um alguém dizendo ”não sou apenas uma data”. Um alguém que não era apenas uma data fez de uma data significar alguém. Uma data que não marca um dia, porque se faz todos os dias. Agora o tempo não existe apenas. O tempo coexiste. E não nos importa o seu compasso determinado porque temos nosso próprio passo. Continua indomável, mas estamos além de sua mensuração. Outras datas continuam existindo e a elas novas se agregaram, mas importa-nos a nossa data. E a repetimos todos os dias. Ainda que deixemos de existir o dia existirá...e com ele o seu tempo. Mas nossa existência não está nos dias. Nossos dias não consistem em apenas viver. Agora, em nossos dias vivemos para existir, dias e tempos indeterminados mas determinados a sermos o protagonista de nossas vidas, juntos.



Hoje é um novo tempo. Tempo em que meu calendário está marcado em todas as datas. Você nunca fôra apenas uma data e a partir de uma data todas as datas passaram a ser... Você.
Por isso comemoro todos os dias. Alegro-me quando acordo. Felicidade exala-me por todo o dia. E ao final desse, do instante do reencontro com você[mesmo sabendo que não fico distante de você em nenhum tempo mensurável], até o ultimo badalar de minhas pálpebras solidifica-se a certeza que ao teu lado é o meu lugar. É o melhor lugar para eu habitar. Não temo adormecer porque ainda que tenha pesadelos sabemos que meu inconsciente estará realizando seus desejos. E meu desejo é estar contigo.


Vamos criando nosso próprio idioma. Nossa linguagem surge desprogramada, natural. Uma comunicação tão perfeita que atribui com espontaneidade novos sentidos para os significados. Um desenvolvimento solto e ascendente, constituindo de forma divertida e compromissada. Característica própria de um relacionamento que encontrou intimidade. Poderia Cazuza poetizar que não tenho medo de entregar-te meus piores segredos e que em minha alma, como templário, guardarei os teus sem espanto.



Hoje quando toca meu celular, eu ‘vibro’. Tenho mais um motivo para isso. Sua chamada está com um novo signo. Um novo toque. Não um toque qualquer, baixado ou importado. Seu signo é único. Recortado e editado, extraído de um encontro, de um momento mágico em que me fez viajar, um verdadeiro Magical Mistery Tour. Hoje sua chamada chega ‘querida’ e mais que exclusiva. Hoje, mais um signo adentrou em nossa linguagem.
A riqueza de nossa comunicação é fruto da riqueza de nosso amor.

Moco?... sim, com emoção, convicção e paixão. Imensuravelmente feliz por habitarmos juntos nossos corações, fluidificarmos nossas almas e deixar-se sentir em nossos corpos.
Em uma linha: JLM.

Julio


foto:iris.blogspot

terça-feira, 24 de agosto de 2010

1 Dia em eterna existência




TOQUE

Hoje meu corpo quer transpirar.
Desde que seja sobre sua pele,
e que seja sob ou sobre.
Hoje quero sentir o seu sabor,
quero sentir o teu calor.
Hoje quero sentir teu respirar,
teus seios a me pressionar.
Hoje quero descobrir teus desenhos,
trocar em sussurros, segredos.
Hoje, com meus olhos e minhas mãos
quero te delinear,
te amar, em cada acariciar.
Hoje minha boca quer ficar seca,
e saciar a sede na sua.
Hoje meus lábios querem parceiros,
parceiros de encontro
no espaço...brigando por espaço,
ou sem deixar espaço.
Hoje meus olhos querem olhar,
mas querem é olhar para os teus;
vê-los falar o que os labios não conseguem.
Vê-los esconder-se dos meus
atrás das palpebras
em suplicas do gozo.
Hoje quero minha pele tocando a tua,
sentir o arrepiar de teus poros,
no deslizar de meu rosto por seu pescoço.
Hoje quero sentir-me teu,
pois é sendo teu que me sinto
mais do que apenas homem.

Hoje quero tuas mãos segurar,
e trançar meus dedos
entre os teus;
trocar apertares
sem medo de revelar.
Hoje você diz que me quer, eu quero me entregar.
Não medir limites, me aventurar.
Hoje quero me entregar,
deixar-te abusar,
porque voce
divide comigo a hora,
e não esqueçe meu nome.
Porquê quando voei pela primeira vez
descobri que meu céu
tinha o seu nome.
Hoje.
Porquê Hoje será o sempre.
Julio

Somente na lingua dos anjos creio que poderei expressar o amor que sinto por você.

JLM

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Hora da Plenitude

...é longo...mas assim tem sido a minha estrada. Que bom!

Faltava-me o AMOR




Segunda-feira. Céu Azul. O sol em toda sua dourada intensidade do poder, que reside em si, a iluminar o planeta. Este que habitamos. Ainda assim o céu é azul. Por uma condição física. ‘Dizem’ que atmosfera ganha essa coloração pelo ‘espelhamento’ da cor do mar...e por isso nosso céu não é amarelo.
Não sei o porquê de dizer isso [ou até saiba sim...], mas também não sei como descrever a grandeza do que sinto enquanto em pleno ‘dia de branco’, no momento do dia em que este Astro está cem por cento perpendicular a Terra [aqui em São Paulo]. O coração financeiro do País pulsa em ritmo frenético. As pessoas circulam como formiguinhas, transladando-se no cumprimento das mais diversas funções corroborando para a vida comunitária.
Meio-dia é o protocolo da ‘parada’ justificada da jornada para aquele almoço...contar e contabilizar o final de semana, acertos e fracassos, pessoais e profissionais.
Mas estou a admirar o céu azul. Se o mundo é uma praia eu estou na espreguiçadeira banhando-me ao sol.

Penso, agora..em divagações...que seria a felicidade como o céu azul? Afinal, ‘ta tudo azul’ é um jargão em resposta a pergunta: ‘E aí?tudo bem?’
Refletimos uma cor enquanto somos iluminados por outra, será isso?
Em um determinado instante em que os ponteiros do relógio se alinharam marcando um tempo eu vi meu Ser preenchido com uma felicidade nunca antes inspirada.

Dei-me conta de que se nessa hora fosse registrada minha parada cardíaca eu poderia chegar ao portão principal da vida eterna com o passaporte carimbado ‘Feliz’.
Paulistano, herdeiro de cultura ítalo-hispânica cresci em uma família exemplar. Em nada desabono o período militar que minha infância se desenvolveu, ao contrário. Música, pintura, desenho, artes em geral, fomentaram a busca pelo saber. Minha amélia Mãe juntamente com meu pai tiveram muito sucesso em inserir-nos (a mim e meu irmão mais velho) valores éticos-morais. Não gozo de estabilidade financeira. Não...mas no decurso de minha vida profissional até aqui fiz tudo que desejei fazer.
Amante da arte, e da sétima arte, cheguei onde queria chegar. Casei. Não uma..mas ‘duas’ vezes. Isso hoje parece pouco na nova realidade social, mas ‘de onde eu vim’ não havia nem divórcio e mulheres desquitadas eram pulhas da sociedade. Das uniões germinaram três filhos lindos, perfeitos geneticamente e com as ‘imperfeições’ comum ao desenvolvimento de qualquer jovem sob o olhar paterno.
Cheguei então aquilo que denominam meia idade...o que discordo, já que não posso dizer quando será a meia idade já que não sei quanto será a parte inteira.
Estou de bem com a vida. Se não me sobra dinheiro (já que não estou na política, futebol, seita religiosa e big brother) não me falta saúde. Trabalho com o que gosto e estou amando minha graduação e isso projeta como será minha migração para uma nova atividade.
Viajei muito, ainda que não tenha ido para Paris ou Nova York e que prefira em relação a essas ir a Itália e Espanha. Vivi amores e desilusões. E tudo que recheou esse trajeto me permitiu chegar até aqui dando-me a condição de ver e sentir a ‘felicidade’.

Hoje tenho certeza das minhas certezas de tal forma que tenho certeza até das minhas incertezas! Sim, é um joguete de palavras que sintetiza um não estar pronto nunca.


Se na hora que o relógio alinhou seus ponteiros, em posições estas distintas ou não, a vida em mim expirasse uma certeza haveria: a plenitude e a felicidade estão contidas em mim. E, no entanto isso não está cristalizado, pois, minha plenitude está exatamente na potencialidade do movimento e desenvolvimento em que a cada manhã um novo eu acorda para um novo dia. Aqui, o ‘realizado’ não significa ‘terminado’ mas o ‘eterno realizar’.
Por mais que um homem realize é o amor que lhe confere sentido a suas obras. Parece lógico pensar que então esse deva ser verdadeiro, não engessado, livre e despojado, de traumas, estigmas, preconceitos, vícios, em toda e qualquer estância.
Vivo um amor sem precedente e que rebuscou em um não sei onde da minha memória os versões da canção do Roberto, isso..o Carlos:

‘Olha você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei pra mim’
Esse amor é possível porque é compartilhado maravilhosamente. Alguém que ‘não nasceu para mim’ [assim com eu não nasci para ela], mas que se fez a estar ‘pronta’ [assim como eu], ao londo de nossa vida até aqui, a poder ‘fazer-se para o outro’.
Não, não é um amor qualquer. E aí, parece que vejo Tom Hanks e seu personagem ferido dizendo: “Ryan faça valer a pena”.
Vale.

Amar e por ti ser amado transformou (e transforma) a tudo.
O que foi mágico, agora é verdadeiramente Maravilhoso.

Julio
[O relógio iniciou nova hora e estou aqui, vivo, te amando mais e plenamente feliz por isso e por todas as possibilidades]

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Amor desdobrado em duas postagens

Hoje...2 postagens. Assim é o amor...brota...frutifica...florece...
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Monica

Eu tento...ah, bem que tento.
tento desligar-me deste teclado...desta tela...e correr para ti...ainda que este correr seja para o telefone.
mas...É sim correr para ti.
falar ao telefone é incomparavel a ficar escrevendo de forma tão subjetivada, ainda que tenha a 'vantagem' de poder parar e pensar o que vai ser escrito, dar backspace, anexar uma foto e tal..'brincar' e provocar mais...mas...
eu quero voce.
quero tua voz e com ela eu te tenho toda, tudo, neste momento.
tua voz é teu corpo
tua voz é voce.
e eu te amo.
Se ouvir tua voz me é tão importante,
perguntaras
o que faz aí então que não me liga?
respondo:
de voce não perco uma gota.
Ler-te é transportar-me para teu mundo, teu universo.
Ler-te é viajar por campos sem fim...um paraiso eterno.
Ler-te é fazer minha alma criar asas.
Ler-te é tirar-me da condição humana e integrar-me ao rarefeito
em que o amor
é soberano e perfeito.
Lá ele não se dissipa
Lá ele reina...e nossas almas são suditos.
Assim...Ler-te me é tão necessário quanto Ouvir-te
Assim...parte-me mas ainda continuo um.
Assim...sinto que o que sinto é único e não deve ser sufocado.
Assim...sinto que a emoção de amar
é uma dimensão que o homem não conseguirá jamais explicar.
"Eu te amo" sabes que não digo em vão.
Eu te amo, Monica
Eu te amo.

Julio

Voce, meu Vício*



Sexta-feira. Como passou rápido a semana. E como passou lenta a semana. Ambiguidade? Sim. Cada um de meus olhos observam em direções diferentes. Enquanto um controla em calendário o decrescimo de dias restantes para a chegada da ultima semana de setembro, o outro observa os momentos que estão sendo vividos.
Juntos, meus dois olhos observam muito mais do que isso. Veem a tua presença, como a uma marca d´água, em tudo que chega-me ao campo observável. A revista da rede Droga Raia, que contribui para os fundos do Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Cancer, traz na ultima edição um especial sobre 'paixão'. O editorial em si é uma manifestação da editora chefe e a sua fase atual de apaixonada em que aponta, não como formula, mas como comum a todos que particiaparam da edição, um desassossego, um não querer estar na mesmice, no morno, e terem coragem de engajarem-se de novo em uma nova paixão...e de novo...e de novo, como ela mesma frisa. Não se trata apenas de paixão por uma pessoa, mas de uma amplitude que pode ir de uma profissão a uma coisa.

(...)

Despertar com sua voz é sair do sono e continuar sonhando.
Adormecer com tua voz sussurrando ao meu ouvido é conduzir-me para o sonhar.


Degusto um doce pirulito
quando o que queria era degustar-te em beijo.
Sentir o gosto daquilo que ferve
e que faz ferver.
Meus lábios deslizam sobre a esfera do pirulito
como desejariam deslizar na 'esfera' de sua boca...de seus lábios.
...na carne de teu labio inferior.
Beijar-te não é o ínico...nem o fim.

Meu amor por você não é cíclico...mas linear...e ascendente.
Beijar-te e instigar desejo
em nossos corpos...já ardentes.
Ventres.
Carentes.
Quero o certo.
mas também quero o verso.

Teu dorso
dos pés até o pescoço.
ver teu arrepio em relva.

percorrer tua pele
a beber do teu orvalho selvagem.

Faz-me perder no prazer
pois me possui
no teu desejo
de eu te possuir.
JLM
*Esse título foi-me inspirado pelo selo que aparece nesse poema, pertencente ao site:

http://www.expressoes.com.br/menu-novo.htm
http://www.expressoes.com.br/poemas_poesias003/poesias_poemas472.htm

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Amar é preciso. Ficar junto é o que eu quero.

Hoje, até pensei em falar de outra pauta. Mas...sexta-feira...e finda a semana. Semana atribulada de volta de férias que em verdade não houveram. Ademais a muitos posts maravilhosos que estou correndo pelos blogs para estar mais antenado com voces, seguidores, parceiros e amigas(os), minha vida saiu em voo de trapézio (ou será um salto de bump-jump?)
Para alguém que tem Amor no DNA, estou em extase. Assim, hoje que é sexta-feira... preciso 'vazar' (ao menos um pouco)do que ferve em minhas veias, por anceios e desejos, o corpo infantil atormentando a alma adulta: 'eu querooo..eu queroo...'



AMOR QUE NÃO ME FALTA [Transborda]

Sexta-feira. Toda minha semana agora parece concentrar-se no desejo único de ir até você. Encontrar-te. Ter teu rosto junto ao meu e perceber na mais viva forma o quanto tú és vital mesmo estando ao externo de meu corpo.




O Desejo de querer-te, a vontade é de inserir os corpos tornando-o um. Acabaria aí a sensação de estar sem um pedaço? Sim...Sim...quanto mais te abraço mais percebo que isso não parece causar efeito de saceio. Sei amor...que sabes que isso não é loucura... é Amor. Assim é que descobrimos que Amor é algo diferente de tudo que existe nesse mundo físico, porque... ele aumenta, cresce, independente de qualquer força que tenta sacia-lo. Não é como a fome, que 'matamos' com comida, da Sede que 'matamos' com a água, do frio que 'matamos' com agasalhos e banhos quentes, do calor que matamos no refrescar de um rio, mar, cachoeira, um chopp em uma mesa ou ... em um chuveiro.

Não... podemos 'amar' a noite inteira tentando 'matar' o amor... e no dia seguinte, quando acordamos... descobrimos ao abrir os olhos...,e ali ver dois Sois... negros, ilhados por aguas azuis, ou verdes, talvez mel..., que estamos amando mais e mais. Assim é para quem ama. Assim é para mim que amo.

Esfole-me a pele em carinhos...e ainda estarei amando-te. Asso os lábios em beijo...e ainda os teus eu quero. Em muito Certa hora prefiro sua pele hidrata à tua transpiração.

Não me arranhas...tatua-me de volúpia.

Nesta sexta-feira, em algum refúgio, acender vélas...



...acomodar-te com conforto e beijar merecidamente teus lindos pés.



Descalsa-los...e contemplar a beleza de teus roliços tornozelos também...



...massagear seus pés...castigados por toda a semana...



...e desprender-te das aflições, dores, e todos os males que pesaram à tuas costas por toda a semana...



...escalar tuas pernas...
...subir por tuas coxas...




...descobrir tuas costas... correr por ela...



...e aventurar-me por teu corpo... por entre morros, grutas e abismos...
...em busca do calice com o nectar que me enebria...



...deixar que teus pés aproximem-me de ti...como sempre o fazes...

...e de onde...amanhã, não quero partir.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Você está aqui.



Alma

Sei que tenho alma. Sinto-a. Ou melhor...ela é quem me sente. Este corpo...este mundo...esta natureza...
Você...sinto pela alma. Meu corpo também quer senti-la. Alma pai...corpo criança. Quase assim essa relação. Minha alma...acalentando e confortando ao corpo a espera do encontro. Espere...espere.
Você...que sinto pela alma, de forma tão mais profundo do que meu 'infantil' corpo pensa que irá sentir...hahaha...ele não sabe que sem a alma nada sentiria.
Pensa meu corpo, ser tão importante instrumento de aproximação...mas...ele porta sim, outros instrumentos de aproximação...de almas. A minha e a sua.
Já somos vitoriosos. Vencedores...eu e você.
Sem paranormalidade sinto-me vencendo as leis da fisica. Ops...seria melhor dizer:leis de uma sociedade/cultura?
Como você se faz estar quando de fato não está? aí surge um 'problema filosófico' em que eu poderia (e posso, afinal ainda me restam 4 semestres) desenvolver um TCC.
Onde está a realidade presencial de uma pessoa?na sua presença material enquanto 'corpo' ou na sua presença essencial enquanto verbalização?(não vou entrar em embasamentos mais profundos, porque a Tese é minha!rs...guardarei os autores que me embasam)

O fato é que Você está onde ninguèm está...e posso dizer até: onde ninguèm esteve.
E como poderiam? são seres que vivem sobre as leis da física, das dimensões volumétricas: comprimento-altura-profundidade(o dito 3d).
Você chegou a onde nenhum outro mortal seria (ou é) capaz...e onde somente almas com desprendimento e preparadas para o desconhecido, puras e não cristalizadas em conceitos vil.
Quantos existem por aí com o 'coração aberto'...mas...um coração rijo...em que mal passa uma folha de seda...ou ainda que aberto...somente permite-se a contemplação...como paredes de cavernas ou ruínas de antigas civilizações.
Você... um coração organico...de uma alma desprendida...não rarefeita de seu corpo, mas unida a ele, sem que lhe acorrente sensações.

Hoje...sou alguem que nunca fui em alguem que aqui sempre esteve e não sabia o poder de ser.
Hoje... ouvir-te pela manhã faz toda a diferença. Afinal minhas noites são escuras quando sua voz não pulveriza todo o espectro de cores por sob sua imagem que toma meu olhar.
Faz-me sentir-te em todas as instâncias, em um paradigma que junto criamos e incrível aos céticos e despreparados para tal vivência.
Nâo me cobras de certezas pela certeza unica de que o amor não é utópico. Entende-mes quando digo que estou pronto a enfrentar a tudo que não estou pronto. E nunca estarei pronto, sabendo que o mundo é diverso e mutante o bastante, assim como eu e você.

O que me faz amá-la é que quando estiquei meu braço direito, com dedos abertos e estirados, sem aguardo os seus me foram dados e cruzados. Com mãos firmes e seguras seguimos por caminhos que cremos que deixaram nossos corpos tão próximos quanto estão nossas almas.



beijo

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Emoção




Ontem...dia dos Pais.

Não me é fácil falar hoje...de todos os sentimentos que se reuniram...ontem, como a vagões de uma montanha russa. Não pelos altos e baixos...mas pela intensidade de emoção...indescritível. Sentir?...somente subindo no carrinho. Eu subi. Não ontem...mas subi. Estou sentado no primeiro banco...vento a face. O céu cresce... agora, tão rapidamente quanto o chão me parece não existir. Um vôo quase insólito... não tente prender-se a qualquer lei...tão pouco a da 'gravidade'...pois isso será realmente grave. Tanto quanto no primeiro banco de um carrinho de montanha russa, a vida revira e vira. acelera...freia...enquanto pensamos...apenas 'pensamos' que vamos destrilhar...a direção está perfeitamente nos eixos após a curva prá lá de acentuada.

Ah...a vida tem emoção sim...para quem sobe no carrinho. E eu subi. No primeiro banco. De cara para o vento. Esbofeteia-me a face...faça-se presente...porque se a vida pensa que me levas, não dela me tiras a emoção...pois essa eu levo. Que transpirem minha palma da mão...que entrelaçem-se meus dedos junto aos seus...griiiite se eu os apertar..porque eu grito junto com você! ...e como quero gritar!....sim...porque em pouco a emoção sobe na ladeira abaixo...sem freio...sem parada... em que nossos gritos se confundem. Se nessa hora é chegado o momento de soltarmos as mãos e segurar firme... vá..vá... te agarro no instante seguinte.

Ninguem a nossa frente...e por mais veloz 'que venham atrás'...não nos alcançam. Eu e você...a frente...no alto...sobre tudo e sobre todos...porque nesse primeiro banco...somente nós demos a cara para o vento. Sim...eu subi. Mas...agora enquanto retomo para o novo grito, confesso que ao ver o seu olhar, vencer o medo não tornou-se nenhuma proeza. Seu sorriso emoldurando o convite. Eu subi. Ali, em tamanha velocidade meu corpo parecia deixar a alma para tráz...mas, ambos, meu corpo com seu, minha alma com a sua, junto a ti. Grite comigo!


Não...não me é fácil falar ... hoje, quero é sussurar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

LABIRINTOS




Tanta coisa queria escrever.


Afinal, venso o limite de caracteres de meu celular escrevendo em papeis. Pensamentos poéticos sem glamour literário, mas com o glamour do meu coração. Espalham-se por entre meus bolsos, carteira, uma agenda que já não exerce a função de agendar outra coisa se não o encontro do meu pensamento junto a ti. Todos os horários estão preenchidos. Não haverá celulares no vibra para avisar que restam menos de 15 minutos. Pensamentos, esses meus, que alcança onde a muito meu braço em estiramento máximo encostou lá atrás. Minha agenda cobre o tempo que não lhe retiro, porque tua existência tem um paralelismo. A minha também. Mas... quando fui fabricado o meu modelo não trazia incluso o botão que dá power-off em áreas escolhidas de minha mente. Em verdade você a conhece tão bem, essas áreas, pois a vejo circulando com tanta desenvoltura como a uma linda menina, que corre livre em meio a imensos jardins e seus arbustos de apara facetadas. Você desevenda os meus labirintos mais intimos...e como é bom ver-te capaz. Não se trata só da minha disposição de entrega, mas da tua disposição de busca. E vice-versa...quando me embrenho por sua selva. Virgem é o caminho que estamos traçando. Nosso.


Assim, vou-me agora. Mas não sem você.


Vem comigo. Vem?...


Julio

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Acordar

Eu só queria poder ter aqui o poder de 'montar' as palvras como tens você. Frases transpiradas vividas ou que estão ainda pulsando, codificam-se como em matrix em um conglomerado de signos. Eu entendo. Mais que os outros, eu entendo.
Eu queria ter esse poder, mas...cometo o erro de ler-te antes, de te ouvir...de propagar em meus ouvidos o som de sua voz em ondas tão gostosas.
O fervor que borbulha ganha em tuas palavras o exterior e toda a força que dele, como um Geiger, tentava exteriorizar, perde-se, ou melhor, transforma-se, pois agora, tu que és perfeita, transforma minha energia. Ela já está na minha pele...e transpirou em um movimento não em nível cerebral. Assim...agora o furor virou desejo, vontade, o anseio que dedilharia o teclado quer agora você, a boca que pronunciou sonhos e realizações. Meus ombros querem seus braços que agarraram minhas esperanças e vontades.
Seu amor me arranca as palavras...e assim, 'sobra apenas' minha alma... que não faz uso de palavras.

(...)

ACORDAR

Toca meu celular. Ainda em transe abro o fliper e vejo que posso 'enganar-me' por mais alguns minutos. Era o alarme de horário, não uma ligação. Acrescento ao momento o desejo de sentir-te ali...junto...quente. Vida pulsante provocando-me de forma única e completa. Serro as palpebras e não tento forçar o sentido tatil...pois não alcançarei sua pele distante. Não pelo tato. Embriado pelo desejo, deixo-me em relaxar, quase largar, e que a sensação do toque provenha do que está guardado em minha memória. Tento reeraborar. Manipular a sensação...e assim, seu corpo ganha espaço junto ao meu. Seus finos e macios dedos, que carinhosamente tocavam meu corpo como em suplica por não ter que deixa-la, não sem antes transferir mais um pouco do amor que em chamas flamba em minha alma. Meus olhos fechados..mas posso ver os teus, em brilhos cristalinos, em meias facetas, em tão singelo, meigo e delicado olhar. Nem é preciso que digas, pois identifico em seu olhar tudo que desejas dizer-me. Aproxima-te uns instantes, a ponto que perceba toda o relevo de seu corpo. Com minha boca em realidade, aberta e quase seca, em 'outra' verdade sinto o tocar suave do seu lábio..não um beijo. Não somente um beijo. Um convite. Propositadamente deixa-me sentir seu corpo virar...tomando minhas mãos como fecho de um cinto transpassa meus braços por sua cintura ante meu próprio ímpeto de isso fazer-lo. Seu perfume somado-se ao de sua pele, num coquetel de fragrancias entre os cosmeticos do cabelo e da sua pele, que agora na planice de suas costas apresenta-se ao meu peito. Com destreza de haschisch, suas pernas se movimentam e seus pés hora em ponta hora em sola acariciam-me... e, no tão costumeiro e não menos intenso e delicioso toque, o dorso de seu pé puxa-me por detrás do joelho. Em concha...combina bem com a pérola que és. O tempo no mundo ainda corre...o 'snooze' irá ativar meu celular em breve novamente...mas...aínda posso manter-me mais algum tempo com Você em que buscamos muito mais imprimir o outro em nós, como baterias a nos manter vivos até nosso próximo encontro no final da tarde.
Você adormece...e fico feliz que assim seja. Que lindo ver seu rosto sereno que paira sobre o travesseiro. Seus traços, seu semblante...adoça a manhã. Em breve o amargor do café me colocará quase 100% desperto...mas ainda assim estarei a pensar em você. Com muito cuidado levanto-me da cama, cubro-te, como a quem guarda um tesouro. Pegando minhas roupas, antes que saia do quarto... tomo as suas pelas mãos e inspiro fundo. Quero o teu cheiro a perfumar os meus caminhos.
Enquanto fecho a porta do quarto...'posso mesmo ver' a sobra cobrindo aos poucos seu rosto em que me anceia ali retornar e com você estár.
Antes que meu pé alcançe o primeiro degrau da escada, inspiro fundo...e o que me lembro é um desejo forte do pensamento que dirijo a Você: Que seu dia seja Lindo, como fazes colorindo todas as minhas manhãs.

Se minha vida é um livro, marque as margens, em contracapa. Grife...até rabisque. Frise com post-it...mas tenha-me a cabeçeira.
Julio
(entre nossos nomes tem Amor. Certo?)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Amor

Amor.

Uma sentimento impar, que em muito tem em mim. Sinto e enxergo-o (principalmente hoje) de uma forma diferenciada, diria, com outro olhar, outro prisma... e quanto mais eu vou entendendo-o mais vou percebendo a individualidade do mesmo e o quanto é difícil falar e discutir sobre ele. Mas...quantas reguas de medições temos para dimensionar o amor, ainda que não seja possível medi-lo. As emoções ganham concretude pela fisiologia e aí, aquilo que antes era abstrato torna-se uma reação corpórea em que por vezes nos julgam ou subjulgam.

Sentir é estar vivo. Se amar propicia sentimentos tão únicos, fortes e quase indecifráveis...que maneira linda e gostosa de viver.

O fato é, que, há muita resistência em seguir por esse espaço desconhecido, quase furtivo, que incedeia-nos sem prévio aviso. Quando mal percebemos já estamos envolvidos e passamos a tentar retomar qual de fato foi o instante do 'start' (se é que é possível tanta precisão). Enquanto evita-se o desconhecido ou o que dele desconhecidamente poderá surgir, mais desconhecido permanecerá.

Amar é aventurar-se. É buscar a certeza, sem que de fato ele esteja ali, e não sair com a certeza para ir em busca. Amar não é comprar...nem esperar...é construir. E aqui, não é a construção poética, mas a construção sim de uma história, de uma cumplicidade, de uma maneira de comunicar-se por um olhar sem expressões, em que os globos oculares dizem mais do que uma dezena de palavras. Construir não quer dizer solidificar...mas erguer. Porquê? porquê paredes podem cair..torres podem ruir...mas quem tem o espirito de construir não se abate e retoma. Os que buscam 'obras', por vezes a 'querem pronta' ou quando não, são intolerantes ao aparecimento de qualquer trinca.

Somos esse Brasil ao sonho de 'um português' e esse o foi em simpatia ao sonho de um espanhol...
Navegantes que com apenas sextantes e estrelas rumavam a um mundo dito finito, plano como uma prancha. A esses sobrepuseram-se astronautas, homens que confiaram em maquinas não testadas, em teorias não aplicadas...por isso teorias. Acreditaram naquilo que apenas eles acreditavam vendido a eles pelo 'sistema' tecnocrata da tecnologia, soberania e desenvolvimento.
Antes deles, tantos outros em tanto inventos que absurdo eram enquanto no papel, tal como dizer hoje que em 5 anos haverá uma maquina capaz de transportar matéria.

Amar é aventurar-se. Amar...sim, é para poucos. Na forma verdadeira, e não no 'fake' "ficar". Isso é para os que embrenham-se na mata e correm ao uivar do vento adentro de um tronco seco ou entre pedras...foge a um trovão achando ser o rugido de um leão.

Amar...amar é entrar na mata ao estilo Indiana Jones. Com chapeu e chicote, ainda que este possa ser substituído por uma faca (em quem muitos prefiram o chicote!(sic).

Amar é sonhar e acreditar nos sonhos. Acreditar em cada bombom de chocolate em forma de coração embalados em aluminio vermelho, enlaçados por fitas douradas. É preciso ter uma porção criança para poder amar.

Há os que precisem sentir o cheiro, ver a roupa ou a ausência desta, 'sentir o toque', para de fato amar..sentir algo. Digo que, todas as sensações possíveis de um amor me são afloradas quando em minha caixa postal aparece o nome indicando novo email da pessoa amada. Minha capacidade humana resgata todos os valores minémicos quando escuto a voz ao telefone.
A visão é um sentido que encurta a distância. Explico: Antes de conhecer-mos a algo, próximo teremos que estar para perceber todas as caracteristicas, como cheiro, sabor, o toque da superfície, o som, e aí, vendo o objeto, uma 'ficha mental', um verdadeiro profile é formado. Posso por exemplo dizer aqui o que é algo doce, salgado ou apimentado, que aqueles que já possuem em seu histórico a experiencia compreendem do que se trata. Quando estamos andando à rua, ou passeando no shopping e passamos ao lado da praça de alimentação, não precisamos passar perto de algo apetitoso para que nos provoque sensações de fome e desejo de saceio. (é disso que fazem uso os pipoqueiros de rua...churrascarias...dogueiros...)
Ao ver, o sabor, o cheiro, a textura na boca e tal...a sensação que sabemos que irá provocar emergem mesmo a distância.
Assim, se estamos com fome, evitamos passar 'nessas regiões' para que não sejamos tomados por 'forças' que nos dominam. Em conjunção com as forças primitivas de nossa especie: sobrevivência.
Essa mesma força é que mascara e afasta do amor se não houver uma personalidade forte e determinada a enfrenta-la.
Vamos e somos capazes sim, de sentir qualquer coisa por uma pessoa que nos é atraente, estando ou não perto de nós (afinal, não é esse o porque das revistas eróticas, boates...o olhar na passagem da mulher na praia? não foi 'Olhando' que uma das musicas brasileiras mais bonitas e gravadas em diversos idiomas foi composta?(Garota de Ipanema)
Mas...sentir, causa. Pode causar prazer...dor, desconforto ou euforia...Tesão, paixão...ou mesmo desilusão. A esses habitantes dessa selva (para muitos) chamada amor é que teme-se.
Diz-se que é no momento em que a coragem se faz pertinente que diferenciar-se-á os homens dos meninos. E no caso do amor, é preciso ainda ter uma pitada de menino(a).

Quer ser feliz? Aventure-se. Como? Assista a Van Helsing, Gladiador, O Patriota, Coração Valente, Indiana Jones, Star Wars e por aí vai. Porquê esses à Romances puros? Aventura...aventura. E depois, para finalizar, Lua de Fel.

O amor é plastico. Não de formas para o amor...ele se forma por sí. Não espere, viva, porque o amanhã poderá não chegar. Não pense no ontém...ele já passou e não vai voltar, nem pode ser reeditado, ser revivido, nem com os mesmo personagens e nem colocar novos atores para interpretalos.

Amar é viver a história que será construída...constituída e não uma história pronta que pega-se em locadora de DVD. Extraindo de um post que venho rascunhando, o jargão do senso comum é dizer:
'eles foram feitos um para o outro'
ou
' será que somos feitos um para o outro'
ou ainda
'Não dá! Acabou! Não fomos feitos um para o outro'.

Sem aumentar muito as opções, diria que a terceira está correta em partes.
Sim, não fomos feitos um para o outro, aliás, não fomos feitos meeesmo...e nesse processo, nunca estaremos prontos. Somos seres em construção...a cada fase de nossa vida.

Um rapaz conheçe uma moça. Ele, médico, ela engenheira civíl. Começam exercer suas carreiras profissionais logo que casam. Histórias que seguem paralelas. Passados 21 anos, dos quais 7 foram dormindo, 7 trabalhando e os outros 7 divide-se em todas as outras coisas como horas preso no transito, supermercado e tal... assim, o trabalho, de forma firme terá contribuído na formação dessa pessoa, juntamente com o seu ambiente. Ao termino desse período, ele para ela diz: Você esta tão diferente da pessoa que eu conheci...em que ela responde da mesma forma. Pessoas que foram forjadas pelos convivios sociais distintos.

Isso é determinante e sem chance para esse casal? Não...desde que tenham decidido fugir a primeira parte da ultima opção:
Nâo dá. Acabou.
A isso posta-se de forma a 'fazer-se' para o outro. Não em posição de negação da própria identidade, mas que por meio de uma ligação estreita, as permissividades e concessões vão se somando, revesando de forma natural, em um querer seu pelo outro, e não pelo outro em si como uma coisa a ser usada. Não usar de doação incondicionada...mas trocas acordadas, em que muitas vezes não é e melhor que não seja explicita, porque deve ser habitual e não contratual.
Fazer-se para o outro e fazer por si mesmo também, e isso é fazer pela relação e isso é fazer para a felicidade de ambos. Pensar a dois, e não em um pelos dois.

O amor...acaba por sobrepor-se a tudo sem tomar o espaço de nada.

Vejo a pessoa que amo a cada esquina (mentes poluidas a de voces, heim...não é no corpo de outra não!). Sejam nas referencias, em algo que foi dito, vivido, em alguem que lhe expressa algum verbete que no seu intimo pensa...nossa!o que ela fala!. Nas vitrines que adornam tantos adereços e peças que lhe é de desejo. Na propaganda da TV, no filme que vou ver... na cor que estou usando...na barba que deixei por fazer... na placa do carrinho que fica aqui a frente escrito:
Churros.
Esse é um post que não termina... seja pelo assunto, seja pelo momento, seja por minha vontade forte de falar sem dizer.
Assim,
...to be continued.