terça-feira, 30 de novembro de 2010

CAVALGADA

alegria incontida. segunda postagem e tão pouco dito pela infinitude que sinto.
te amo.
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SEM ME CONTER

Amar é não é estado
é emoção.
Sabes que não estou apaixonado,
porque sou apaixonado.
Amor solitário
é como cavalo sem montaria.
Segue o nosso
sem vaguear, veloz e não descontrolado.
Divides as redeas, e
o fazes sem comigo medires força.
Se olho para a garupa, vejo-te em largo sorriso
nunca antes visto, em nenhum outro rosto, todos enrrigecidos.
Ao meu lado, teu fechar de olhos, confiante chamam meu rosto
a enconstar ao teu pelo labios.
A minha frente, olhas para traz, e o frenético e irregular movimento,
de teus longos e belos cabelos dourados,
provocado pelo galopar,
decoram teus olhos verdes.
Teus carnudos lábiios, ainda que calados,
parecem pedir, num sussurrar a alma,
para que deixe a minha, a sua tocar.
JLM

Diário de Bordo

Eu até poderia começar como nas aventuras de Star Trek: 'Data estelar...'

Não é Cabo Canaveral...mas a contagem regressiva já começou. Desta vez ( antes em T-Menos) eu estou fechando o ziper da mala.

Não tenha sido frequente nas postagens, mas tenho caminhado pelos blogs, por vezes, inabituavelmente, não comentado. O tempo me toma...por mais que não ceda a ele. E não cedo... pensa 'ele' que me toma. Escapulo... e vou fundo em colocar o rosto para fora da janela e sentir o vento a chicotear-me a face...
A liberdade tem gosto... e é delicioso.
Nâo postar não significa que não tenho sentido... tão pouco que não tenho visto.
Ao contrário. Tenho visto e sentido muito. Difícil tem sido transferir as emoções para essa 'unidade' bidimensional, em tempo... pois, a renovação tem sido intensa, ainda que não acelerada. Durante um 'hoje'... estão lá, meus neurônios e suas sinapses em ritmo das autoestradas européias, no outro dia... um novo 'tópico' se põem no lugar do ontém... e assim tem sido.

A pretenção é passar minhas vivências sentidas...vistas... a provocar a cada um também estar atento ao que nos permeia, e não um diário público aventuresco. Por que não quebrarmos alguma regra hoje...ou amanhã... interromper a rotina, ao menos uma vez e observar... parar para perceber (assim como fez Trumman, no filme de Jim Carey)?

Sabem, os que me conhecem o quanto tomo com valor cada 'oi', 'olá', 'tchau'...

Eu que sempre fui da Terra, pois Deus não me concedeu asas, e que sempre fui apaixonado pelo ar... por aviões e pelo céu e espaço infinito, sempre firmei minhas viagens a queimar o asfalto. Minha ultima, consumi 6000 km ao volante. Maravilha. E sonho repetir outras tantas como essa. Aliás, contexto em que ainda me faz salutar a necessidade de um automovel.

Por motivos justos, e maravilhosos, vou enfim suplantar as nuvens. Meus braços enfim teram motores em sua envergadura e serei um passaro por um determinado momento.
Concretamente irei voar...mas esse é um voo que nunca deixou de existir em mim. Nunca deixei-me limitar-me pela condição terrena e permiti que meus sonhos e desejos tivessem a liberdade e autonomia de um ser alado e romper limites... alias... não se firmar em limites.
O amor vive assim em mim... Livre. Desistigmatizado. Desaculturado. Não no sentido erudito, mas no sentido de normas e convenções sociais. Quem somos nós distituídos de nossa cultura? Falar de pessoa e cultura não é tão simples e breve.
Estou a ler um livro sobre o Kasper Hauser, aquele rapaz que foi criado isolado até os 18 anos. O autor traz a questão da linguagem e da cultura que nos é 'imposta' ou 'exposta' e sua influência na constituição de nossas percepções.
Fugir ao comum, ao obvio, ao dito limite, é ampliar possibilidades inimaginaveis e posicionar-se aberto a experiencias por vezes não previstas.
Seria pouco provável que eu estivesse com um bilhete para embarque para daqui a 2 dias se eu aceitasse a 'normalidade', o obvio, o puro racional.
Estou com o gancho do ziper a mão, hipoventilando, pulsação acelerada... com outros sonhos na bagagem mental... e sem preocupação nenhuma em concretizações utópicas, porque viver ao que o hoje provém é maravilhoso. A imprevisibilidade é fato, afirmado por Sartre como uma das 2 caracteristicas humanas imutaveis. Planos são direcionamentos, não determinantes. Sigo, aberto, disposto, a vida. Ela me tem sido a mais maravilhosa companheira e guia. Juntos temos desbravados planices sem fins, passado por desertos áridos, caatingas, sertões...mas, sem a menos sombra de dúvida, o encontro com os campos verdejantes, a paz do vento sacudindo a relva, o frescor da agua, fortalece e motiva diante de qualquer circunstancia.

Eu que nunca tive asas, que voei por tantas folhas e telas em branco, depositando e embaralhando cores nelas, serei lançado, não para o ponto mais alto, mas para o ponto que para mim é possível porque minha alma sempre foi alada.

Voe.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

HISTORIA DE AMOR - II

Se minha história de amor fosse roteirizada, com certeza teria uma musica dos The Beatles na trilha (ao menos uma).
Para não emendar demais com o post abaixo, deixo a letra, com a tradução e um link, caso queiram escutar.
(poderia, como o fiz, enviar a 'você' via email, mas, é por demais de bom manifestar publicamente o amor que sinto por ti)
beijo a todos.
Especia a você...amor. A ti, a música:


Here, There And Everywhere
(Lennon / mccartney)
Aqui, aí e em todo lugar


To lead a better life, I need a love of my own
Para ter uma vida melhor, Eu preciso que meu amor esteja


Here,
aqui

Making each day of the year
Aqui, fazendo cada dia do ano

Changing my life with a wave of her hand
Mudando minha vida com um aceno de mão

Nobody can deny that there's something there
Ninguém pode negar que existe alguma coisa ali


I want her everywhere
Eu a quero em todo lugar

And if she's beside me I know I need never care
E se ela está ao meu lado, eu sei, nunca preciso me preocupar

But to love her is to meet her everywhere,
Por que amá-la é precisar dela, Em todo lugar

Knowing that love is to share,
sabendo que amar é dividir

Each one believing that love never dies
Nós dois acreditando que o amor nunca morre

Watching her eyes and hoping I'm always there
Olhando em seus olhos e desejando estar sempre aí

I will be here, there and everywhere

Eu estarei aqui, aí e em todo lugar

Here, there and everywhere
Aqui, aí e em todo lugar

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

HISTÓRIA DE AMOR


ESPETÁCULO

Uma peça de teatro...daria para ser roteirizada minha história de amor.
Não creio no ineditismo...mas orgulho-me da forma impar que se sucedeu.
Orgulho-me mais ainda de fazer o par principal dessa história e ter a melhor partner que um homem pode desejar.
(ah, o amor...sempre dizem isso no começo...em que tudo são flores...)
Sim, talvez, nós, amantes e apaixonados, afortunados e eloquentes proliferadores do amor sejamos assim para alguns: instantâneos e imediatistas. Mas é sim o amor um 'aqui agora' (ainda que o 'meu "aqui" esteja agora não perto daqui), mas é também construção, afeição, afinidade (até na falta dessas), é como princípio de tudo ter o mesmo olhar, quase um reflexo, de que o outro é uma pessoa...que é um ser... que não é estanque... que move-se interna e externamente constantemente, até nas infimas particulas que não podemos perceber.
Sim, o 'meu' Amor querido já não é hoje a mesma que era ontèm...assim como eu. Uma camera a registrar todos os dias uma imagem no mesmo lugar, como a um fotograma de um filme e ao final ser passado em velocidade normal teriamos a noção exata de como é essa nossa passagem mutante.

(1seg=24imagens/fotogramas. 60seg=1min [60x24= 1440]. 1h = 60min [60x1440=86400].
1 ano = 360 dias [360 imagens]. 60 anos = 21600].
21600(60anos) / 1440(1 minuto) = 15 minutos.

tradução da matemática: se tirassemos uma foto de nosso rosto no mesmo lugar e no mesmo enquadre, desde o dia do nascimento, por 60 anos (uma foto só ao dia), teriamos um filme de 15 minutos a mostrar nosso envelhecimento.




O palco da minha história são as ruas por onde meus pés agora flutuam.



Uma janela para a alma.



Por essas ruas transito e transmuto para um mundo tão somente nosso em que transeuntes dispersam-se como fumaça ao vento. Uma janela por onde meu coração fala, sente, ri, chora, grita, estendem-se, debruça, teme. Uma janela que enquadra o abstratismo do meu sentimento. Uma janela que não pode ser vista...eventualmente tentada ser admirada, mas uma janela que pertence a apenas duas pessoas, na impermeabilidade do vidro na invisibilidade desse.

Ruas...sim ruas...sempre desertas. Verde que te és verde...azul que te és azul.

os pequenos pés que dobro meus joelhos.

As pessoas são únicas. Indivíduos.
Já o amor, não é único. Nâo há um unico amor em uma existência. Assim como não há uma única forma de amar (no sentido de energia-objeto). Amamos pais, filhos, irmãos, tios, avós, bichinhos, coisas... e um 'outro' que surge rampante no horizonte e toma-nos selvagemente.
No entanto, se estivermos completos, inteiros, saberemos distinguir quando um amor nasce de forma verdadeira, autonoma, sem projeções, atribuições, sombras...

Não se força o amor...pois sua resistencia a força tem a potencia de uma fina folha de papel absorvente molhado. Nâo somos nós a agir sobre o amor, mas ele a agir sobre nós. E não...o amor não tira a razão, pois ele tem em si, razão. O erro é coloca-lo como unica razão e interpela-lo como único, absoluto, de vida unica, que se findar não haverá outro.

A esses alicia-se o receio da perda, e o medo afasta qualquer possibilidade de viver de forma plena o que somente pode ser vivido sem 'correias', sem comando austéro, sem determinação militar e ditadora, sem dogmas, sem convenções que estrapolam nossa necessidade ou maneira de ser. O amor é um produto da relação humana, que difere de acasalamentos de mundo animal (não sou um biologo e falo aqui por minha opnião). Somos seres pensantes, unicos capazes de estabelecer linguagem e desenvolver capacidade de abstração, produzir pensamentos para além da memória imediata, em que ficam os primatas (por isso primatas, não?).

Nosso amor não pode ser banalizado ao instinto selvagem e desaculturado e tão pouco pode ser aculturalizado. O amor é produto de duas pessoas para sua relação direta com ação majoritária da intimidade e cabendo somente a essas partes suas articulações para aquilo que lhe és bem. Não há como normatizar o amor... porque nem pessoas podem ser normatizadas...

...sigo para o segundo Ato. Peça intinerante. Seguirei em voo carnal pelo voo imaginário que minha mente rotineiramente faz em direção a ela.

Pensam que temos monologos... mas nossas trocas são maravilhosas e intensas. Transformamos kilometros em meras quimeras...puverizamos a terra que nos separa...e sopramo-a ao vento, espalhando a essencia de nosso corpo transpirado.

Mais do que juntos... unidos. Uma união dificil de ser entendida, porque também não é fácil de ser vivida, mas fazemo-lo-a. É possível. Que encontremos forças para continuar seguindo...e onde mais encotramos é um no outro.

Hoje a vida não me parece frágil pelo risco que diariamente enfrentamos. Hoje a vida me parece fragil pelo risco de perde-la. A vida me parece frágil porque não posso proteger-te como em uma campâno-la, redoma... Viveremos com esse risco, que um dia chegará para um de nós primeiramente.

Mas nesse dia, depois de muitos Atos... sei que a vida que vivi não foi encenada.
Terei vivido uma realidade imaginada, como para muitos, mas com o diferencial de ser, por nós dois, acreditada. Na loucura de que não há loucura, mas a vontade de ser e estar feliz com o outro, porque ele existe, ainda que eu não o esteja vendo e sentindo.

Minha alma lhe toca mais do que qualquer outra parte de mim poderia ou poderá fazê-lo.
JLM

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

INFORMATIVO

Divindo os ambientes

Com o intuito de não disvirtuar da proposta do blog foi criado um novo espaço para de assuntos de indignação e opnião, de forma a não inferir em propósitos de outra natureza.

O blog vendo e sentindo surgiu da ideia de chamar a atenção para a natureza que nos cerca, seja ela urbana ou não, e ficaria entristecido se minhas opniões pessoais de assuntos outros viessem a interferir na relação deste espaço com os seguidores e amigos.

Para quem gosta de por a boca no tronbone, fica aqui o endereço:

http://espassokritico.blogspot.com

Por aqui, quero continuar a falar sobre sentimento e sentidos, que não devem 'hibernar' ou 'adormecer', mas sim continuar a explorar as maravilhosas coisas que nos cercam e que passamos desapercebidos ante a pressa para alcançar o que muitas vezes deixa de se ter em mente 'o que'.
um abraço carinhoso e beijos
Julio Cesar

PS:esperava aproveitar o feriado e convidadar a todos para sentar a varanda...tomar um pretinho quentinho...no ponto, com pão de queijo, bolo de fuba...(sim, a simplicidade é meu forte)
e prosear muuuuito com vocês. Puxa! Vocês, amigas(os) não sabem o quanto estou mesmo sentindo a falta de passar por aqui e publicar sobre meu 'esperito' e o que esse momento da minha vida tem propiciado a viver. A intensidade na universidade não tem sido, não por isso, um transtorno. Tem somado. Elementos do dia a dia, variáveis aquem de nosso controle a permeiar-nos culminam por nem sempre permitir que o que de fato desejamos seja do jeito que queremos. Há 5 dias estou em estado gripal e sofrendo com sintomas. Sempre fiz uso de um medicamento que tem como base, entre outros, do paracetamol, que recentemente recebi email informando do risco do uso de tal medicamento e de sua consequencia ao longo do tempo, em especial para o figado. Tal componente é proibido em alguns paises, como EUA. Em sendo assim, cá estou, na base do mel, limão, banho quente, canja e cama....muita cama. Hoje (somente hoje) fui premiado pelo uso de um Notebook...que possibilitou-me estar nessas linhas. Do contrário, indisposição geral para sentar a um desktop...'sorry, friends'.
Os mais queridos acompanharam minha romantica (e maravilhosa) história de amor, aqui pelo blog e quantas postagens se perderam pelos meus neurônios em todos esses dias que daqui estive 'separado'. Talvez algumas ainda ainda possam ser compartilhadas...talvez outras já não façam mais sentido... há algumas coisas que julgam importante ser firmada, como por exemplo até que ponto esse espaço possibilitou 'nosso encontro' e de que forma de fato tudo sucedeu-se.
Mais do que isso, de que forma, para que...de alguma forma, possa essa experiencia ser util para transformações pessoais.
Mais do que a possibilidade de qualquer espaço, o que valeu mesmo foi a possibilidade que demos, eu e ela, a nós mesmos. Conceder a possibilidade de viver, livre de engessamentos quaisquer, ao invés de viver a balizar utilizar consituições sociais para justificar o não empenho...
A felicidade as vezes pode estar no verso (ou embaixo) de uma folha amassada na sargeta onde estás parado para atravessar a rua.
'Quase' por coinscidencia, fui assistir ao filme 'Como Esquecer', nacional, com Ana Paula Arosio e Murilo Rosa. Ter ido no cinema neste dia, um domingo, na ultima semana da 34 mostra internacional, foi um algo impar...que cabe uma postagem. Mas, do filme, fica exatamente isso, que cabe a nós sairmos da toca que está nos sufocando, porque o ar livre que há para respirar é muito mais puro do que imaginamos que possa ser.
Uma boa semana a todos.
Saudaaaaadeeesss...demais de todos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Feliz e não distante


Amiiiiiiigos (com muito i´s...e muitos 'o's')....saudades daqui e de voces, ainda que nem saibam mas andei passando pelas paginas de alguns queridos(as).
Estou bem...sim..muito bem...(e bem sem tempo também...rs).

Todos os recados que voces deixaram nos comentarios bem como email´s que recebi foram hiper especiais e só me contemplou mais ainda a felicidade que já estou vivendo.

Muitas postagens fluiram na minha mente por esses dias que não escrevi por aqui...e que não o farei hoje, mas pretendo ir pondo a 'casa em dia' na medida do possível.

A gente se acostuma neste habitat, e aqueles que me conhecem sabem como sou intenso e integrado com esse habitat e detesto vê-lo banalizado. Desde que entrei para o blog construi amizades verdadeiras, ainda que a maioria a distância e conheci pessoas na mesma condição e que chegaram a encontrar, não apenas um, mas, outros tantos amigos que por aqui conheceram.

Apesar de alguns contratempos, que pensei que nunca seria acometido, como a agressão física ao meu filho mais novo, tudo voltou a correr em bom rítimo.

Anseio por postar aquilo que fez nascer esse espaço: olhar e sentimento.
O que posso garantir a voces é que sentidos e energia fundamentais para o bem estar e desenvolvimento em todas as ordens.

Fiquem maravilhosamente com Deus e continuo por aqui sim...mais forte que nunca.
Beeeijoooss.
Julio